Porque após longa procura pelo tênis mais confortável e com o melhor amortecimento, o mercado agora fala de sapatos minimalistas?

​

O conceito vem de que o pé também deve ser fortalecido.

 

Estudos mostram que os corredores de resistência, habitualmente descalços, costumam fazer o contato do pé ao solo com o antepé (parte da frente) antes do contato do calcanhar com o mesmo, ou o fazem com o pé plano (meio do pé). Em contrapartida, os corredores habitualmente calçados, na maioria das vezes, atingem o solo com o retropé (calcanhares) devido ao salto elevado e amortecido do tênis de corrida moderno.

​

     Testes biomecânicos mostram que, mesmo em superfícies duras, os corredores descalços ou com calçados minimalistas, que aterrisam com o antepé, geram forças de colisão menores do que os que aterrisam com o retropé. Essa diferença resulta principalmente de um pé mais flexionado pela planta na aterrissagem e maior complacência do tornozelo durante o impacto, diminuindo a massa efetiva do corpo que colide com o solo.

​

   No entanto, o uso do sapato minimalista tem que ser progressivo e associado ao fortalecimento e ganho de flexibilidade do mediopé, condições que perdemos com a vida moderna, sedentária e de uso constante de sapatos. 

​

Foot strike patterns and collision forces in habitually barefoot versus shod runners Daniel E. Lieberman1 , Madhusudhan Venkadesan1,2*, William A. Werbel3 *, Adam I. Daoud1 *, Susan D’Andrea4 , Irene S. Davis5 , Robert Ojiambo Mang’Eni6,7 & Yannis Pitsiladis6,7

Vol 463| 28 January 2010| doi:10.1038/nature08723