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Osteocondrite Dissecante

A osteocondrite dissecante (OCD) é uma condição de causa desconhecida, que acomete mais frequentemente joelho, tornozelo (talus) ou cotovelo (capítulo). Afeta pacientes entre 10 e 20 anos, em cada 15/100.000 nascidos vivos. Parte pequena do osso comprometido se desprende junto com a cartilagem local por deficiência de vascularização, podendo se soltar dentro da articulação e bloquear o movimento da mesma.

A causa é desconhecia, considerada idiopática e multifatorial, relacionada a traumas de repetição interno da articulação, genética, inflamatória ou necrose avascular espontânea (falta de sangue local).

No exame físico, o paciente apresenta dor à mobilidade articular, pode mancar e até sentir bloqueios na movimentação articular.

Na radiografia, a área afetada aparece como uma linha de fratura com aspecto de soltura ou não do fragmento.

         

A ressonância magnética mostra melhor a área de soltura e edema ósseo, e ajuda nos diagnósticos diferenciais como artrite e lesão meniscal

         

O tratamento consiste no repouso e afastamento das atividades físicas por cerca de 2-3 meses, alguns casos com uso de imobilizadores e muletas para repouso articular, com bom resultado, principalmente nos pacientes ainda em crescimento.

       

Cirurgias são indicadas na falha de boa resposta ao tratamento acima ou no caso de soltura franca ou iminente do fragmento. É indicada a fixação do fragmento com parafusos, com ou sem enxertos. Em casos de fragmentos não mais viáveis, não possíveis de serem reinseridos, técnicas de transplante autólogos (do mesmo paciente, como mosaicoplastia) ou heterólogo (de banco de cadáver) osteocondral podem ser utilizadas.

       

A recuperação cirúrgica inclui 6 semanas do uso de tipóia para descarga parcial de peso no membro inferior operado e fisioterapia por 4 a 6 meses.

Complicações da doença podem ser dor crônica, degeneração articular precoce e não a união do fragmento ao osso.

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