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A lesão SLAP (lesão labral superior anterior e posterior) do ombro é o destacamento ou degeneração do labrum na região de origem do cabo longo do bíceps na escápula.

O músculo bíceps tem duas origens: a porção longa do tendão nasce dentro do ombro (clb), numa região superior da escápula, quando esta se articula com o osso do braço (úmero) na cartilagem chamada labrum. Esta cartilagem contorna todo o bordo da glenóide deixando-a mais côncava, isto é, menos rasa.

               

 

 

 

     

 

 

 

Na origem do bíceps, na sua porção superior, chama-se SLAP. Pode acontecer por esforços repetitivos em esportes de arremesso, em traumas como queda com o braço estendido em flexão e leve abdução do ombro ou com o ombro em abdução e rotação externa.

Diagnóstico:

- história

- exame físico

- ressonância magnética

 

Classificação:

Classificação de Snyder – de I a IV

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Maffet et all ampliaram a classificação em mais 3 estágios de V a VII:

Tipo V - a lesão inclue o destacamento do tendão do bíceps

Tipo VI - destacamento do tendão do bíceps com retalho instável do labrum

Tipo VII - a lesão slap se extende anteriormente até o ligamento glenoumeral médio

Tratamento:

Somente a tipo I, a degeneração por esforço, é de tratamento conservador: compressa gelada, anti-inflamatórios, diminuição ou afastamento do esporte e fisioterapia. Correção de técnica esportiva e restabelecimento do balanço muscular do ombro.

A tipo II, segundo Snyder, é a mais comum. Nestes casos, o tratamento artroscópico mostra melhora da dor em 85% dos pacientes e retorno ao esporte em  75–85% dos casos.

As demais, seja de destacamento incluindo o tendão do bíceps ou não, são lesões consideradas estáveis e de indicação cirúrgica.

A decisão da técnica cirúrgica considera, além do tipo de lesão, a idade do paciente, sua atividade esportiva e a necessidade de correção das lesões associadas.

Há diversas técnicas cirúrgicas podendo ser por artroscopia ou aberto, com uso de âncora ou parafuso, ou até mesmo inserido em canaleta óssea . A escolha da técnica depende também da experiência do cirurgião.

Quanto à idade, a lesão SLAP isolada, nos pacientes abaixo de 40 anos, é tratada com o reparo da lesão anatômica com âncora, por via artroscópica.

Entre os 40 e 60 anos, realiza-se a tenodese do tendão, isto é, solta-se o tendão longo do bíceps de sua origem na cartilagem machucada e o reinsere na porção proximal do úmero.

 

Resumo:

Tipo I - tratamento com fisioterapia ou debridamento artroscópico se ncessário

Tipo II - reparo do Slap ou tenodese/tenotomia do bíceps

Tipo III - resseção ou reparo da slap, se possível

Tipo IV - reparo do Slap se ≤50% do bíceps estiver comprometido ou tenodese/tenotomia do bíceps se ≥ 50% do bíceps estiver comprometido

Tipo V - reparo labral e da Slap

Tipo VI - resseção ou reparo da Slap, se possível

Tipo VII - fixação do labrum ântero-superior e da Slap

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Brockmeyer, m., tompkins, m., kohn, d. M., & lorbach, o. (2016). Slap lesions: a treatment algorithm. Knee surgery, sports traumatology, arthroscopy, 24(2), 447–455.doi:10.1007/s00167-015-3966-0 

Neuman bj, boisvert cb, reiter b, lawson k, ciccotti mg, cohen sb (2011) results of arthroscopic repair of type ii superior labral anterior posterior lesions in overhead athletes: assessment of return to preinjury playing level and satisfaction. Am j sports med 39:1883–1888

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